sábado, 8 de outubro de 2011

A Flauta Mágica do 5º e do 6º A



Este ano vamos terminar a "A Flauta Mágica" que iniciámos no ano passado. Esperamos que no Natal seja possível apresentar a ópera completa. Falta-nos apenas  decorar e encenar o 2º acto e, claro, relembrar todo o 1º acto. Como devem ter reparado o título do blog mudou: o 5ºA transformou-se em 6ºA e este ano vamos ter a colaboração, pelo menos nos coros, da  nova turma do 5ºA. A ideia este ano é fazer ainda melhor do que no ano passado, por isso, na próxima aula vamos passar o 2º acto do princípio ao fim. Isso significa que todos, e especialmente os solistas, devem saber os seus papéis  na ponta da língua na próxima aula. Aqueles de vocês a quem ano passado não  foi atríbuído nenhum personagem podem, se assim o desejarem aprender um papel  à vossa escolha e, caso sejam convincentes, terão também oportunidade de o apresentar em público. Quem quiser um CD com o acompanhamento de piano para estudar em casa pode pedi-lo, através de um comentário para o blog, e eu levo-o na próxima aula.

terça-feira, 21 de junho de 2011

A Flauta Mágica do 5ºA ao vivo no Grande Auditório do Conservatório de Música de Coimbra


Está, a partir de hoje, disponível na sala de partituras do Conservatório, o DVD da Flauta Mágica filmado pela Prof. Inês Andrade e com um trabalho de edição muito cuidado. Quem quiser uma cópia pode pedi-la ao funcionário que estiver de serviço, o preço é de 2 euros e meio. Fica aqui publicado um excerto da cena do(s) Papageno(s) e da(s) Papagena(s) respeitante ao 2º acto. A qualidade da imagem, como é óbvio, é bastante superior no DVD.

Boas Férias e PARABÉNS a todo o 5º A pelo excelente trabalho.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Programa e ficha técnica da Flauta Mágica do 5º A


A FLAUTA MÁGICA

Apresentamos hoje o trabalho desenvolvido pelos alunos do 5ºA no âmbito da disciplina de Área Projecto. Ao longo do ano, os alunos passaram pelo percurso normal da montagem de uma ópera, desde a leitura do libreto e da música até à correpetição, caracterização das personagens e encenação. Para isso foi feita uma adaptação e tradução para português, adequando-a à idade dos nossos alunos, mas procurando manter o espírito único da obra original. O espectáculo de hoje corresponde ao 1º Acto e a mais uma cena do 2º Acto. Pensamos apresentar no Natal do próximo ano a nossa versão completa de “A Flauta Mágica” e, também, dar oportunidade a todos os alunos de interpretar papéis e trocar personagens entre si
 Se houve alguma coisa evidente ao longo deste ano foi a adesão imediata que esta música escrita há mais de 220 anos provocou nas crianças do 5ºA. Se alguma memória desse fascínio permanecer como uma recordação “mágica” das suas infâncias este projecto terá sido bem sucedido.



Sinopse O Príncipe Tamino é perseguido por uma serpente quando perde os sentidos e é salvo por Três Damas. Quando acorda é surpreendido por Papageno, um caçador de pássaros que afirma ter sido ele a salvar Tamino das garras do monstro. Nessa altura, reaparecem as Damas que castigam Papageno por ter mentido e mostram a Tamino o retrato da Princesa Pamina, filha da Rainha da Noite, que está aprisionada no palácio do terrível Sarastro. Tamino ao ver o retrato de Pamina apaixona-se imediatamente e as Damas comunicam-lhe que a Rainha da Noite promete-lhe Pamina em casamento se ele a libertar de Sarastro. Tamino concorda e pede auxílio a Papageno nessa tarefa. Papageno primeiro recusa, mas as Damas oferecem a Tamino uma flauta mágica e a Papageno uns sinos encantados e, guiados por Três Meninos, os dois dirigem-se ao Palácio do Sarastro. Papageno chega primeiro ao destino e encontra Pamina vigiada por Monostatos, um criado de Sarastro. Papageno assusta Monostatos e tenta escapar com Pamina. Entretanto, Tamino, guiado pelos Meninos, chega à floresta que rodeia o palácio e toca a flauta mágica na esperança de que Pamina o escute. Papageno responde-lhe mas, quando estão quase a encontrar-se com Tamino, são capturados pelo sinistro Monostatos. Papageno usa os sinos encantados para enfeitiçar Monostatos quando, subitamente, aparece Sarastro. Sarastro surpreendentemente castiga Monostatos e liberta Pamina, Papageno e Tamino que também tinha sido aprisionado.
FIM do 1º acto
                          
                            Mas será que acabou tudo bem?....continua no próximo Natal


A FLAUTA MÁGICA

Pamina:        Joana Guerra, Bárbara Rolim (Coro)

Tamino:        Rafael Marques, Tomás Dinis (Coro)

Papagena:     Inês Salgado, Ana Romanenko

Papageno:     José Miguel Chichorro, Ivo Martins,
                      João Marcelino (Coro)

Damas:          Catarina Martins, Catarina Peixoto, Catarina Simões
                      Elena Vieira, Leonor Guiomar, Carolina Teixeira

Monostatos:  Mário Jesus, David Gomes (Coro)

Três Meninos: Guilherme Simões, Diogo Bonifácio, João Bonifácio

Soldados:       Marcelo Jorge, João Gomes, Henrique Pereira

Sarastro:         Jónatas Ribeiro
               
Coro:             Rita Picado, Matilde Simões, Joana Catré, Andreia Saldanha, Joana Ferreira, Maria Antunes, Francisca Ribeiro, Inês Fernandes, Mariana Flores.
Música: W. A. Mozart
Encenação: Sílvia Brito
Preparação musical e vocal: Joaquina Ly e Maria José Nogueira
Direcção Musical: Joaquina Ly
Adaptação e tradução para português: Júlio Dias
Cenografia: Sílvia Almeida e Teresa Ruas
Cartazes: Alunos do 11ºF orientados por Sílvia Almeida
Cartaz Seleccionado:Leonor Sofia Gomes (11ºF)
Piano: Júlio Dias
Flauta de bisel: Inês Caldas

Agradecimentos: Colégio São Teotónio pela cedência das máscaras de animais.


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Meninos e Pamina2

Hoje, enquanto parte da turma trabalhava com a nossa encenadora, os restantes aperfeiçoaram alguns coros e árias. Foi o que aconteceu com o coro dos Meninos com a Pamina que, na semana passada, tinha sido publicado no blogue mas ainda não estava seguro.
Comparem a gravação da semana passada com a gravação de hoje e vejam (ouçam) como melhoraram...
Ainda houve tempo para ir à sala de dança ver o trabalho de encenação...está a ficar espectacular mas não se pode falar disso porque é segredo...quem quiser ver tem de esperar...



Pamina, tu não fiques triste.
 Nós nunca devemos desistir           
Sê forte, luta e resiste.   
Tamino nunca iria te trair.
   Pois ele ainda te ama.
Não deves nunca deixar de acreditar.
 Escuta a flauta que te chama. 
É de Tamino que te espera. Vai rápido sem hesitar

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O Mário e o David são mesmo infernais!

Hoje gravámos a ária em que o  Monostatos promete vingança ao Tamino por este lhe ter roubado a Princesa Pamina.
O David e o Mário são uns Monostatos perfeitos: sinistros, pérfidos e irritantes.Os maus têm sempre mais piada....o  único problema é que o gravador, que não anda bom há já algum tempo, com tanta maldade assustou-se e ainda se ouvem mais solavancos e soluços do que é costume.


Todos cantam tão felizes pensam que está tudo bem.
 Não conhecem Monostatos, eu não sou um zé ninguém, eu não sou um zé ninguém.
 Já vão ver, vou me vingar. Eu sou mesmo infernal. Eu sou mesmo infernal.
Nada  me diverte tanto como a fazer o mal, como a fazer o mal, como a fazer o mal.
Por Pamina dava a vida, mas não tenho muita sorte.
Ao palerma do Tamino eu só lhe desejo a morte,eu só lhe desejo a morte.
Que vontade que eu já tenho de bater-lhe com um cinto, de bater-lhe com um cinto.
Vou chamar já a Rainha, acreditem que eu não minto acreditem ,que eu não minto acreditem que eu não minto.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Meninos e Pamina

Hoje enquanto os Taminos, os Papagenos e as Damas trabalhavam a encenação, aproveitámos para aprender uma pequena ária em que os Três meninos ajudam Pamina a não desistir do seu amor por Tamino.
Esta foi a última música nova que tivemos de aprender, agora o nosso trabalho musical vai ser aperfeiçoar ao máximo todas as árias e coros.Como foi aprendida hoje, esta ária dos meninos ainda está longe da perfeição. De qualquer maneira aproveitem a gravação para decorarem, e na próxima aula voltamos a cantá-la e a gravá-la.
Na próxima aula a Prof. Sílvia Brito vai trabalhar o final do primeiro acto por isso os Monostatos, Papagenos, Paminas e Taminos têm de saber as falas e as músicas na ponta da língua.


 Pamina, tu não fiques triste.
 Nós nunca devemos desistir           
Sê forte, luta e resiste.   
Tamino nunca iria te trair.
   Pois ele ainda te ama.
Não deves nunca deixar de acreditar.
 Escuta a flauta que te chama. 
É de Tamino que te espera. Vai rápido sem hesitar

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A Flauta Mágica (completa)


A FLAUTA MÁGICA

PRIMEIRO ACTO

1º Cena
(Tamino desce dum rochedo com um arco sem flechas, perseguido por uma serpente)

Tamino  (ÁRIA)
Socorro, socorro, socorro, ajudem!
Socorro, socorro, socorro, ajudem!
Um monstro persegue-me, socorro ajudem!
Ele está já tão perto, ele vai me matar.
Ajudem-me, ajudem-me, já não posso fugir, já não posso fugir!
Três Damas
Ah! Monstro mau, tu vais morrer!
Vitória! Vitória!
Com esta espada vencemos o monstro.
Está morto para sempre. Nunca mais vamos ter medo.
Foi salvo, salvo, por nós as três.

1º DAMA: Rapaz tão lindo, eu nunca vi.
2º DAMA: Parece mesmo encantador,
3ºDAMA: Eu nunca vi ninguém tão belo.                   
TODAS: Se eu alguma vez gostar de alguém, será de alguém assim, será de alguém assim.
Agora temos de ir avisar depressa a rainha.
 Eu por mim ficava aqui a proteger o príncipe.
Aqui a proteger o príncipe.
1º DAMA: Por que não vão vocês eu fico aqui só!
2º DAMA: Não, não, não, não, não, não! Quem fica aqui sou eu!
3ª DAMA Não queres tu mais nada?! Sou eu quem fica aqui!
1ª DAMA: Não, fico eu aqui!
2ª DAMA: Não, fico eu aqui!
3º DAMA: Não, fico eu aqui!
1ª DAMA: Eu fico!
2ª DAMA: Eu fico!
3º DAMA: Eu fico!
1ª DAMA: EU!
2ª DAMA: EU!
3º DAMA: EU!

(Tamino acorda e as damas desaparecem a correr)
Tamino
Onde estou? Isto é sonho ou ainda estou vivo? Quem terá morto a serpente?
2º Cena
(Aparece Papageno com uma gaiola contendo vários pássaros e segurando uma flauta de Pã)
Papageno (Ária)

O meu nome é Papageno caço pássaros e passarões
Caço melros, avestruzes e também pardais

Tudo isso e muito, muito mais
Para atrair as aves até mim

Eu toco a flauta assim, assim
Passo assim os dias todos a tocar

E não sei ainda o que é namorar

Para a minha vida ser sempre feliz
E assobiar como a perdiz

Eu só peço uma coisa bem pequena
Uma linda, linda Papagena

Ah como era bom se eu pudesse estar
Uma linda Papagena sempre a beijar

Mas aqui para onde quer que vás
Raparigas não há nem boas nem más.


Tamino
Eh lá…


Papageno
Quem está aí?


Tamino
 Quem és tu?

Papageno
 Quem sou? Que pergunta. Sou um homem como tu! E se eu te perguntar quem és?

Tamino
 Respondo-te que sou um Príncipe.

Papageno
O quê?

Tamino
Sim, o meu pai é rei de vários países e povos.
Agora diz-me, como se chama este lugar? Como é que tu vives?

Papageno
 De comida e bebida como toda a gente.

Tamino  
E como a consegues?

Papageno  
Caçando pássaros para a Rainha da Noite.

Tamino
A Rainha da Noite? Achas que a posso conhecer?

Papageno  
O quê? Que pergunta mais imbecil. Nenhum mortal a conseguiu ver, não hás-de ser tu o primeiro…
(Tamino olha-o de alto a baixo com curiosidade)
Papageno
Porque estás a olhar dessa maneira para mim?

Tamino  
Porque não sei se és um pássaro ou um homem, tens tantas penas…
(Tamino aproxima-se)


Papageno
 Eu? Um pássaro? Aconselho-te a nem sequer te aproximares, tenho uma força gigantesca!


Tamino  
Uma força gigantesca? (olha para a serpente) Foste tu que mataste a serpente?

Papageno  
Serpente? (descobre a serpente, apanha um susto e recua a tremer)

Tamino  
Diz-me lá, como conseguiste matá-la? Nem sequer tens uma arma…

Papageno  
Não foi preciso, o meu braço é mais forte de que qualquer arma.

Tamino
Tu estrangulaste-a?

Papageno  
Estrangulei-a! Tens dúvidas?

3ª Cena
(Entram de novo as Três Damas)

Três Damas
 Papageno! Papageno!

Papageno
É para mim..

Tamino
Quem são estas?

Papageno
Quem são exactamente, não sei.
Só sei que são elas que me compram os pássaros e em troca me dão comida e bebida

Tamino
Imagino que são bonitas


Papageno
Não acho. Se fossem porque teriam a cara tapada?

Três Damas (ameaçadoras)
PAPAGENO!

Papageno
Calma…

Três Damas
PAPAGENO!

Papageno
Mas o que é que eu fiz para que estejam assim tão irritadas?
Tenho aqui uns belos pássaros para vocês.

Primeira Dama
A nossa Rainha envia-te hoje água em vez de vinho.

Segunda Dama
E uma pedra em vez de um doce. Desejo-te uma boa digestão.

Papageno
O quê? Agora como pedras?

Terceira Dama
Em vez de figos, vou-te fechar a boca com este cadeado dourado.

Papageno
Hm!

Primeira Dama
Sabes porque a nossa Rainha te castiga assim tão severamente?

Papageno
Hm!

Segunda Dama
Para que não mintas mais a estranhos.

Terceira Dama
E para não te gabares de acções que outros fizeram.


Primeira Dama
Diz lá, foste tu que mataste a serpente?

Papageno
Hm!


Tamino
Quem foi então?

Terceira Dama
Fomos nós, jovem príncipe, que te salvámos.

Segunda Dama
Não tenhas medo, temos boas notícias para ti.


Primeira Dama
A nossa Rainha mandou-nos entregar-te o retrato da sua filha, a princesa Pamina.
Penso que não vais ficar indiferente…

4ª Cena
Tamino (Ária)
 É a princesa mais bonita que eu alguma vez já vi,
 tão doce, tão bela,
 quem me dera estar agora bem junto dela
 estar agora bem junto dela
5º Cena
Primeira Dama
Se quiseres Tamino, podes ficar com a Princesa Tamina para sempre. Mas para isso
Vais ter de a salvar…
Tamino
Salvar?

Segunda Dama
Um demónio mau e poderoso raptou-a.

Tamino
Como se chama esse demónio?


Três Damas
Sarastro!

Tamino
Onde é que ele está?

Segunda Dama
Ele vive junto às montanhas num palácio muito bem guardado.
A nossa Rainha promete que a princesa Tamina será tua para sempre caso a consigas libertar do malvado Sarastro.

Tamino
Guiem-me até lá.
Eh Papageno!

Papageno e Tamino (Dueto)

Papageno: HMM!
Pamino:  A culpa é tua Papageno, tu não devias ter mentido
Papageno: HMM!
Pamino:  A culpa é tua Papageno, tu não devias ter mentido
Papageno: HMM!
Tamino: mas tenho pena
Papageno: HMM!
Tamino: de ver-te assim
Papageno: HMM!
Tamino: mas eu não posso, não, ajudar-te.
Papageno: HMM!

1º Dama: Nós vamos-te tirar o castigo, mas com uma condição…
.
Papageno: HMM!
3º Dama: Nunca mais vais mentir!
Papageno: Prometo que nunca mais minto.
2ºDama: Muito bem!
1ª Dama (oferece a Tamino uma flauta) Príncipe Tamino, a nossa Princesa oferece-te esta Flauta mágica.
3ª Dama: Ela vai-te ser muito útil. Vai-te proteger sempre que te sentires em perigo.

1º Dama: Usa a flauta para entrar no castelo do Sarastro.

Papageno (interrompe): Tudo isso é muito bonito, mas agora tenho de me ir embora. Adeus minhas senhoras.

2º Dama: Bem podes dizer adeus, mas a nossa princesa ordena que vás com o Príncipe Tamino salvar a nossa princesa.

Papageno: Isso é que era bom! Ouvi dizer que Sarastro é um demónio terrível. Se ele me apanha, assa-me vivo e come-me ao pequeno-almoço. Desculpem-me mas tenho muito amor à vida.

3ªDama: Tem calma Papageno. Toma! (oferece-lhe um jogo de sinos) Sempre que tocares estas campainhas ficas salvo de todos os perigos.

Papageno: A sério?

 2º Dama: Podes confiar!

Todos (Quinteto): Flauta e sinos encantados, já nos sentimos mais bem preparados, para vencer. Sarastro ouve bem: Vais tremer como ninguém, vais tremer como ninguém.

Papageno e Tamino: Agora digam por favor, como é que nós chegamos lá?
Como é que vamos?
Qual o caminho pró palácio do Sarastro?

Três Damas: Três belos, lindos, bons e sábios meninos
Irão levar-vos até lá.
Não tenham medo não há que recear.
Ide depressa Pamina salvar.

Tamino e Papageno: Três belos, lindos, bons e sábios meninos
Irão levar-nos até lá.

Três Damas: Não tenham medo não há que recear.
Ide depressa Pamina salvar.


Tamino e Papageno: Não temos medo não há que recear.
Vamos depressa Pamina salvar.

Todos: Adeus, adeus, vamos partir.
Pamina espera, estamos já a ir.
Adeus, até já. Adeus até já.


6ª Cena (Papageno e Monostatos)
Papageno e Monostatos (dueto)
PAPAGENO:
Onde estarei?
Ah!Ah! O que é isto?
Pois bem, vou já entrar.
Está aqui alguém quem será?
Diz-me lá por favor quem és tu?
PAPAGENO E MONOSTATOS (olham um para o outro):
Uh! Isto é decerto coisa má.
Parece mais um Satanás.
Tão feio!
Que susto!
Afasta-te!
Afasta-te!
UH!UH!UH!UH!
(Monostatos foge assustado)

9ª Cena (Papageno e Pamina)

Papageno:
 Ele assustou-se mais do que eu!
(Vê Pamina e aproxima-se)
Ah! Esta deve ser Pamina!
Tu és a filha da Rainha da Noite?

Pamina:
Sou e tu quem és?

Papageno:
Chamo-me Papageno.
Vim com o Príncipe Tamino para te libertar.
Tamino viu o teu retrato e apaixonou-se perdidamente.

Pamina: Onde é que está esse Príncipe Tamino?

Papageno: Ele está a chegar, eu vim à frente para te avisar…

Pamina: Foste muito corajoso por vires sozinho. O Monostatos é horrível e não pára de me perseguir. Tenho medo que ele nos apanhe…

Papageno: Então vamos tentar sair daqui rapidamente…
.



7ºCena ( Três meninos conduzem Tamino)

Tamino e os três meninos (Quarteto)
Três meninos:Chegámos ao destino, agora ficas só, Tamino.
                       E não te esqueças, nunca, de ser forte, verdadeiro, corajoso!

Tamino:Vocês agora digam lá, vou conseguir salvar Pamina?

Três meninos:Só  vais salvar Pamina se fores forte, verdadeiro, corajoso!
                       Tu lembra-te: luta sem medo!
                       Se o fizeres, tu vencerás bem cedo.
                       Se o fizeres, tu vencerás bem cedo.


Tamino : Este sítio é muito estranho. Vou tocar a minha flauta encantada.
                Talvez Pamina a ouça e me responda.

                     ( pega na flauta e começa a tocar)

        Esta Flauta encantada tem um som tão fabuloso não há nada parecido.
        È sem dúvida o mais belo e maravilhoso que eu já tenho conhecido.  
        E até os animais vêm ouvi-la.
        E se até os animais não lhe resistem.
        É sem dúvida o mais belo e maravilhoso até os animais não lhe…
         Mas, só Pamina, só Pamina é que não responde, só Pamina é que não responde. 
        Pamina, ouve-me, ouve-me.                                                       
        Em vão… silêncio… onde? Onde? Onde? Onde estará Pamina?

                   (ouve-se a flauta do Papageno)

Tamino: Mas esta é a flauta de Papageno! (responde com a sua flauta)

                    (Papageno responde outra vez)


Tamino: Talvez ele tenha encontrado a Pamina!
                Vou ver se os encontro. (sai a correr)


8ª Cena

Papageno e Pamina: Vá, depressa, vamos lá, vamos rápido sair daqui,
                                    A correr ter com Tamino,
                                    Antes que nos vejam e descubram já.
                                    A correr ter com Tamino,
                                    Antes que descubram que fugimos, que fugimos…

Monostatos: Apanhei-vos, apanhei-vos, apanhei-vos, Ah! AH!
                       Já daqui não saem! Vocês pensam que me enganam.
                       Vou cozer-vos, vou fritar-vos, vou comer-vos ao almoço!

 Papageno e Pamina: Ah! Que azar, azar o nosso.

Monostatos: Tragam as correntes já!

Papageno: Espera aí! Espera aí! Uma ideia genial! Vou usar os nossos sinos,
                   Vamos ver se funcionam.Vamos pô-los a tocar.

Monostatos: Isto é muito estranho, já não sei que fazer, eu só quero cantar:
                     La la la la la la la. Não consigo ser parvo e fazer-vos mal.
                     Lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá.
                     Estes si nos tão belos só me fazem rir.
                     Lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá.

          (de repente ouvem-se vozes)

Vozes: Viva Sarastro, Viva Sarastro.

Papageno: Que é isto?

Pamina: É o meu Pai que vem aí.
              Que fazemos?

Papageno: Apetece-me enfiar-me num buraco.
                  Já sei. Vamos inventar uma desculpa para termos fugido.

Pamina: Não! Vamos contar a verdade mesmo que nos custe.

                     (Aparece Sarastro)

Pamina: Desculpa-me ter fugido, Pai.
               Mas o Monostatos não me deixava em paz.
               Ele não pára de me perseguir.

Sarastro: Não te preocupes. Eu sei a verdade.
                Também sei que a Rainha da Noite enviou um jovem príncipe para te buscar.
                 Se este Príncipe demonstrar que o amor que sente por ti é puro e firme ele pode ficar contigo. Mas para isso vai ter que sujeitar-se a provas muito duras.
                Mas a Rainha da Noite odeia-me e quer-me destruir e vai fazer tudo para vos enganar…




Monostatos: (trazendo Tamino preso pelos soldados) Sarastro, prendi este ladrão que tentava entrar no Palácio.

Sarastro: Monostatos, traíste a minha confiança ao perseguir a minha filha Pamina.
                Quanto a Tamino terá que provar que merece o amor de Pamina.
                 E tu Papageno, se queres tanto encontrar uma Papagena vais ter que te esforçar…
                  Vocês dois vão ter que se sujeitar a duras provas se quiserem merecer a minha confiança.
                   (Dirige-se aos soldados)
                Levem-nos!

CORO: Justiça e verdade! Se todos os homens fossem bons como Sarastro foi agora, não havia injustiça, nem mentira, só verdade! E viveríamos em paz e harmonia eternamente, sem ódio e sem rancor. E viveríamos em paz sem ódio e sem rancor. Sarastro viva para sempre! Sarastro viva para sempre! E para sempre! E para sempre!Viva! Viva!


FIM DO 1º ACTO


2º acto
Ária Sarastro
Sarastro: Ó Deuses Sábios, Poderosos,
                 Ouvi agora a minha prece:
                 Guiai Pamina e Tamino 
                 Por onde o dia amanhece  
                 Livrem-nos de um cruel destino.
      Coro: Livrem-nos de um cruel destino.
Sarastro: Mas se o preço da virtude,
                 For a viagem para a morte,
                 Lembrem-se os Deuses da juventude                      
                 Chorem a sua triste sorte.
      Coro: Chorem a sua triste sorte.

Soldado: Tamino, para ficares com Pamina vais ter de provar a tua força e coragem.
Tamino: Estou preparado para enfrentar todos os perigos.
Soldado: E tu Papageno?
Papageno: Faço o que for preciso para encontrar uma Papagena.
Soldado: Muito bem. A vossa primeira prova é a do silêncio. Estão proibidos de dirigir a palavra a quem quer que seja, mesmo que isso vos custe muito. Preparados?
Tamino e Papageno: Sim!

                                               (aparecem  os três meninos )

Três meninos: Mais uma vez nos encontramos.                                 
                        Viemos para vos ajudar.
                        Sarastro mandou já entregar-vos flautas e sinos encantados.            
                        Usem-nos quando for preciso.
                        Vão enfrentar as mais duras provas.
                        Têm de ser fortes e bem valentes e resistir sem nunca ter medo.
                        Tamino ouve: o fim está perto.
                        Tu Papageno: Não falar.
                        Não, não, não falar.
                        Não, não, não falar.
Papageno: Isto está tão escuro, estou a ficar com medo….
Tamino: Schiu!
                                          (aparecem as Três Damas)
Damas: Não! Não! Não! Saiam já deste lugar Já! Já! Já! Se não é o vosso fim! Tamino ouve, estás perdido. E tu também ó Papageno.
Papageno: Vocês estão a exagerar.
Tamino: Papageno, tu não fales. O silêncio prometeste, e tu já estás a quebrá-lo.
Papageno: E se elas dizem a verdade?
Tamino: Já te disse para calares.
Papageno: Oh! Calar, calar, calar, sempre calar, estou já farto.
Tamino: Mas não te calas? Não te calas? Tu fizeste juramento de silêncio! Não te lembras?
Damas: Se não fizerem o que dizemos vocês vão se arrepender.
             Se a Rainha souber disto a vingança vai ser feia.
Tamino: Não dou ouvido a mentiras. Eu conheço a verdade.
Damas: Neste sítio moram monstros que vão levar-vos pró inferno.
Tamino: Não me assustam. Sei a verdade.
Damas: Tu não nos falas porquê Tamino? Tu, Papageno, não nos ligas?
Papageno: Eu bem gostava… mas…
Tamino: Shiu!
Papageno: Vocês percebem eu…
Tamino: Shiu!
 (Ouve-se um grande estrondo)
Damas: Preparem-se agora! Vem aí a Rainha. O vosso tempo chegou ao fim.

(ouvem–se trovões e surge a Rainha da Noite)


Ária da Rainha da Noite
Meu Coração está cheio de Vingança,
Morte e de Ódio.
Morte e Ódio ardem em mim.
Se com tuas mãos Sarastro não matares,
Pamina está perdida para ti.
Afasta para sempre Sarastro para o inferno.
E Pamina será tua.
A vingança, eu quero a vingança já.
Eu quero ver Sarastro no inferno.
Já, já quero vingança já.

(Rainha da Noite entrega um punhal a Tamino)

Papageno(assustado): Vamos depressa fugir daqui….
Tamino: Tem calma Papageno, temos de ser fortes.

(Aparece Sarastro e Tamino entrega-lhe o punhal)

2ª Ária de Sarastro
(Tamino toca flauta…surge Pamina)
Pamina: Tamino, estás aqui? Ouvi a tua flauta e vim ter contigo…
(Tamino volta-se e não responde…continua a tocar flauta)
Pamina: Não falas comigo…Papageno o que se passa com Tamino?

                            (Papageno não responde)

Ária da Pamina
Ah!  Estou tão triste.  Tamino não me ama.                                      
Meu coração não encontra paz.                                                
Estou tão triste, tão triste sem ele.                                                   
Não voltas... Não voltas... o amor perdi para sempre.              
Ai, perdi para sempre. Choro por ti meu Tamino.                         
Por ti Tamino. Não posso viver assim.
Sem ti morrerei de amor.
Por ti morrerei.
Sem ti não ficarei.

(Pamina retira-se e aparecem dois soldados)
1ºSoldado: Tamino, superaste a primeira prova. Vais ter de passar agora pelas provas do fogo e da água. Vem connosco.
Papageno: E eu?
2º Soldado: Papageno, ficas aqui…devias ter pensado melhor antes de falar.
(Soldados levam Tamino e Papageno fica sozinho)
Papageno: E agora…deixaram-me aqui sozinho…
                    Já sei…vou tocar os sinos, talvez apareça a minha Papagena.

2º Ária do Papageno
Papageno
Mulheres ou raparigas, pr'ó Papageno tanto faz,
 De tudo que há na vida é o que mais me satisfaz.
É o que mais me satisfaz. É o que mais me satisfaz.

Comer e beber todo dia, encher muito bem a barriga,
 É bom, mas gostava bem mais… de beijar uma rapariga.
 Comer… beber… é bom, mas... melhor do que encher a barriga…
 É só beijar u ma rapariga… e mais uma amiga e mais uma amiga.

Mulheres ou raparigas, pr'ó Papageno tanto faz,
 De tudo que há na vida é o que mais me satisfaz.
É o que mais me satisfaz. É o que mais me satisfaz.

Será que eu nunca vou ter? Uma namorada só minha?
Seria a coisa mais triste... arranjem-me uma depressinha!
Será… que nunca… vou te…er?.... Eu antes preferia morrer...  
Arranjem-me uma depressinha.         
Mas que seja só minha, mas que seja só minha.
                                   
(Aparece uma velha)

Velha: Olá
Papageno:Olá
Velha: Que estás aqui a fazer
Papageno: Estou à espera da minha Papagena, e tu?
Velha: Vim ver o meu namorado:
Papageno: Tu, namorado.. que idade tens?
Velha: Onze anos e dois minutos…e tu meu anjo?
Papageno: Onze anos?..ah!ah! espera aí, e como se chama o teu namorado?
Velha: Papageno…
Papageno: Papageno? …então tu és…
Velha: (tirando a máscara): Papagena!…adeus…(desaparece a correr)

 (Papageno fica desesperado e procura papagena por todo o lado)

Papageno: Papagena! Papagena! Papageeeeena!
                   Foi-se embora nunca mais, nunca mais a vou ter ao meu lado.
                   Não consegui estar calado e por isso fui bem castigado.
                   Mas já sei o que fazer: Já não quero mais viver.
(pega numa corda)

                  Vou tentar mais uma vez, senão só me resta morrer.
                   Vou contar só até três….um…dois…três
(toca três vezes flauta)
                   Eu vou mesmo desistir, vou puxar este cordel
                   Só me resta despedir, desta vida tão cruel(põe a corda ao pescoço)
                  Desta vida tão cruel.
(Três meninos interrompem)
Três meninos: Oh Papageno pára já!!!! A tua vida é só uma!
                  Só esta e mais, mais nenhuma. Só esta e mais, mais nenhuma.
                  Tu não devias ter falado. Mas tu já foste perdoado.
                  Agora toca bem os sinos, são bem melhores que violinos.
Papageno: É isso mesmo que vou fazer prá Papagena aparecer.
                   Obrigado três meninos. Toquem lá belos sinos.
Três Meninos: Oh Papageno olha ali!!!!!
(apontam para a Papagena)

Papageno:Pa       pa    pa…                             Papagena:Pa        pa     pa…
Papageno:Pa   pa   pa   pa…                           Papagena:Pa   pa   pa   pa…
Papageno: Pa pa pa pa pa pa pa pa…             Papagena: Pa pa pa pa pa pa pa pa…
Papageno: Papa pa pa pa…                            Papagena: Papa pa pa pa
Papageno: Papapapapagena!                          Papagena: Papapapapageno!

Papageno:Ah!Como é bom ver-te outra vez!Papagena:Ah!Como é bom ver-te de novo      
Papageno:Vais ficar comigo para sempre.    Papagena: Vou ficar contigo para sempre.
Papageno: Para eu ser mesmo feliz…             Papagena: Para eu ser mesmo feliz…
Papageno: Eu só queria ter agora …               Papagena: Eu só queria ter agora…

Papageno e Papagena: Muitos lindos e pequenos Papagenos, Papagenas,
                                       Todos louros e morenos, e morenos…
                                       Pelo menos…Vinte lindas Papagenas e mais vinte Papagenos,
                                       Nem um menos!

Papageno:Um Papageno vem primeiro         Papagena:E depois uma Papagena
Papageno:Mais outro lindo Papageno           Papagena: E mais uma Papagena
Papageno:Papageno!                                      Papagena:Papagena!
Papageno:Papageno!                                      Papagena:Papagena!Papagena!Papagena!

Papageno e Papagena: Papapapapageno(a)!Papapapageno(a)Papapapapageno(a)
                                        Papapapapapageeeeeeeeno(a)!

                     (Saem os dois e aparecem os Três meninos e Pamina)

Três meninos: Pamina, tu não fiques triste. Nós nunca devemos desistir.
                         Sê forte, luta e resiste. Tamino nunca iria te trair
                         Pois ele' ainda te ama. Não deves nunca deixar de acreditar.
                         Escuta a flauta que te chama, é de Tamino que te espera.
                         Vai rápido sem hesitar.
             (Saem Pamina e os três meninos e aparece Tamino com os dois soldados)




CORO DOS SOLDADOS

Quem não tiver temor de ir por um caminho
Feito de fogo, água, ar e terra
Se conseguir atravessá-lo sem terror,
As trevas fugirão sob o esplendor
Da luz do sol imenso a brilhar,
E todos os mistérios vão se revelar

(ouve-se a voz de Pamina a chamar Tamino)
Tamino: Que ouço? Pamina chama?
Pamina: Sou eu, Pamina que te chama.
Tamino: Vem já, depressa ter comigo, mais nada vai poder nos separar.
                Contigo, nem a morte vou recear. Contigo, nem a morte vou recear.
Pamina: Tamino, Estou tão feliz!
Tamino: Pamina, Estou tão feliz! Connosco sempre juntos, nem medo nem terror.
Pamina: Contigo sempre ao meu lado vencerá sempre o amor.
                Coragem vamos ter, e enfrentar sem medo o fogo e depois a água
                com a tua flauta encantada que aos dois irá nos proteger.
                Coragem, nada há a temer.

(Tamino toca flauta enquanto atravessam o fogo)

Pamina e Tamino: O fogo passámos sem medo. A água temos de vencer.
                                Coragem é o nosso segredo, a flauta vai nos proteger.

(Tamino toca flauta enquanto atravessam a água)

Pamina e Tamino: As provas chegaram ao fim! Agora vamos festejar!

(Escurece subitamente e ouvem-se barulhos arrepiantes)

Monostatos: Vamos ter calma, calma, calma e não fazer nenhum barulho.
Damas e Rainha: Vamos ter calma, calma, calma e o Palácio conquistar.
Monostatos: Rainha, tu prometeste: Pamina será a minha mulher.
Rainha da Noite: Minha promessa será cumprida e Pamina será tua.
Monostato e Damas: Grande Rainha, Majestade. Grande Rainha Majestade.
                                  Tua vingança está a chegar.
(ouvem- se trovões e relâmpagos e de repente raios de sol invadem a cena)
Monostatos, Rainha e Damas: O nosso poder foi destruído…vamos voltar para a noite eterna…
Sarastro: Os raios de sol levaram a noite, o poder das trevas foi aniquilado!
Todos: Vencemos as trevas, a luz triunfou.
             O mal e a noite o Sol derrotou.
             Vencemos as trevas, vencemos as trevas, a luz triunfou, a luz triunfou.
             Vencemos as trevas, ganhou a verdade.
              E viva a Paz para a eternidade, a eternidade, a eternidade.



FIM